06 agosto, 2009

Suadas ou não, frias ou não, quentes ou não, eram as minhas mãos as que ele segurava.
- Ai querido passado como me bates forte no peito!
Minhas mãos encontravam-se mais intocáveis do que nunca antes. Beijos dados e não correspondidos, seus ombros doíam quando eu apoiava minha cabeça ao pedir colo. Era tudo tão frio... A paixão, a vontade de vê-lo a cada instante... Nada, não existiam mais. Eu tentei.
Sonhei-te em mil quimeras, delineei-te em mil literaturas e poemas, mudos, cansados, ingratos, frios, ocos e duros, mas eu ainda conseguia descrever-te. Hoje nem do seu rosto lembro mais, seu olhar ofuscou-se e eu te vejo em branco e preto. Aqueles olhos azuis que tanto amei não se refletem mais em cor. Do seu cheiro sinto enjôo, e dele lembrarei in aeternum. Eu te tive em instante, eu "te morro" em eternidade. Foste meu, fui sua; pele minha não mais tua.

3 comentários:

Cláudia I, Vetter disse...

'' eu "te morro" em eternidade.''

nunca mais esquecerei isso.
que forte. que vivo.
que tudo.

me surpreendes.

beijo ;,)

Luiz Ricardo disse...

ja falei tudo que eu acho. com todos os pontos e toda a emoção hahahah :)))

beatriz jorge disse...

ca-ra-lho
me apaixonei denovo. teu blog é um banquete onde me delicio nas mais maravilhosas palavras e frases. boa sorte e me acompanhe hehe